13 milhões de euros para o ensino superior

A União Europeia (UE) disponibilizou 13 milhões de euros ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) para apoiar o sistema de ensino superior angolano na produção de conhecimentos e na promoção da inovação.

O valor está a ser gerido pela agência de cooperação técnica francesa Expertise France, desde Dezembro de 2019, e vai estender-se até 2024, por via do projecto UNI.AO – Programa de Apoio ao Ensino Superior. Através da criação de novos cursos de pós-graduação, fundos para investigação, capacitação em áreas relevantes, o projecto UNI.AO pretende contribuir para a formação de quadros superiores especializados.

Segundo a Angop, o programa UNI.AO foi oficialmente lançado ontem, numa cerimónia que contou com a presença da ministra do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação, Maria Bragança Sambo, e o embaixador da União Europeia, Tomás Ulicny, que rubricaram os acordos para este fim. Em declarações à imprensa, o coordenador do UNI.AO, Emanuel Catumbela, informou que o projecto vai ajudar as instituições superiores a capacitar localmente os seus quadros, no intuito de outros também serem formados em função das suas competências e ajudarem a melhorar a economia da comunidade.

A iniciativa, segundo o gestor, vai decorrer em duas fases. A primeira, para a gestão do ensino superior (gestores, directores gerais e adjuntos, coordenadores de cursos de pós-graduação, administrativos), a segunda para pós-graduação, totalizando 200 candidatos, repartidos em 100 por fase, até 2022.

Ao intervir na cerimónia, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Bragança Sambo, disse que o UNI.AO vai ajudar a capacitar as instituições de ensino superior para estarem mais habilitadas e, desta forma, equipararem-se às melhores universidades de África. Apontou a pós-graduação, investigação científica e a boa gestão como desafios para a concretização deste objectivo.

Para a governante, os três pilares do programa vão contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, com uma visão estratégica do futuro no lançamento das universidades angolanas no contexto internacional. A ministra realçou que com a criação do curso de gestão do ensino superior, o país estará a criar condições efectivas para que o sistema de organização das instituições esteja alinhado aos padrões internacionais.

Deu a conhecer que está em curso o levantamento do estado actual da pós-graduação no país, por via de um inquérito, que vai culminar com um concurso público para as universidades demonstrarem capacidades nas prioridades das especializações, no sentido de estarem aliados ao desenvolvimento do país. O embaixador da União Europeia, Tomás Ulicny, mostrou-se convicto de que o projecto vai aumentar a produção de conhecimento útil para o processo de diversificação da economia.

O representante francês no país, Sylvain Itté, destacou que o projecto UNI.AO é mais uma das expressões concretas do compromisso da França para o desenvolvimento do ensino superior angolano, sublinhado o fruto da relação de alta qualidade com parceiros angolanos, particularmente o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação.

O UNI.AO tem como objectivo reforçar a governação do ensino superior para que seja promovida a investigação científica em sectores prioritários para Angola, aumentar a especialização e o reconhecimento das instituições de pós-graduação e aumentar a igualdade no acesso à pós-graduação e progressão na carreira para os grupos vulneráveis.

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