A antiga deputada do MPLA, Tchizé dos Santos criticou o Presidente da República Joao Lourenço, que nao deveria aceitar esta nomeação, uma vez que ele foi a pessoa que repontou em reuniões partidárias praticas semelhantes que ocorreram com os filhos do seu antecessor, José Eduardo dos Santos.
“Então, o actual Presidente da República, em reunião do próprio Comitê Central criticou o seu antecessor dizendo que nomeiam filhos sem experiência para cargos do fundo soberano, mas agora a sua filha que nem cinco anos de licenciada têm e já foi de paraquedas como diretora nacional das finanças sem concurso público, e agora é nomeada como administradora da BODIVA”, repontou a antiga deputada num aúdio posto a circular na rede social Watssap.
Segundo, Tchizé Dos Santos, quando o antigo Presidente José Eduardo dos Santos, seu pai, nomeou para entidades públicas, os seus irmãos José Filomeno dos Santos e Isabel dos Santos, “o Presidente João Lourenço não dizia nada, estava calado, mas ao tomar posse como Presidente da República, atacou o antecessor, chamando marimbondo, dizendo que põem as famílias, e agora então como é que é ?”.
Tchizé dos Santos considera que a Bolsa de Valores é uma entidade extremamente importante no país, sendo que a Sonangol, será uma das empresas a ser cotada nesta instituição, por isso, entende que “ser administrador na bolsa de valores, é tão mais importante ser administrador da Sonangol ou do Fundo Soberano”.
A BODIVA é uma empresa pública, constituída sob a forma de sociedade anónima, em que o ministério das finanças é a principal acionista. Os seus administradores executivos são nomeados pela titular das finanças e tomam posse perante a Mesa da Assembleia Geral da sociedade, nos termos da Lei das Sociedades Comerciais.
A ex-deputada afastada do Comité Central, reponta que “o Presidente fez criticas sobre nomeação de pessoas sem experiência para grandes cargos e então agora, os acionistas indicam estes nomes que tem de ser aprovados e ratificados pelo governo, e é aprovado”.
A mesma classifica nomeação de Cristina Giovanna Dias Lourenço como um acto de bajulação por parte dos responsáveis do ministério das finanças, por isso é de opinião que a família presidencial não deveria aceitar esta mal que enferma as instituições do Estado em Angola. “As filhas do PR sabem que isso é bajulação porque estão aceitar estes cargos, o próprio Presidente falou mal do seu antecessor, e porque esta aceitar a sua filha a ser nomeação ?”
De lembrar que a nomeação de Cristina Lourenço foi destaque desta semana do Jornal português “Negócios”, com a chamada de capa “A nomeação da filha que fragiliza o Presidente de Angola”. Para o articulista da publicação “Esta opção vulnerabiliza João Lourenço e dá armas aos seus detratores”.