O espaço dispõe ainda de lojas e armazéns, mas os vendedores preferem aglomerar-se junto à entrada, expondo os produtos ao chão e ignorando as medidas de protecção contra a Covid-19. Além desse aspecto, muitos vendedores e compradores não usam máscara facial ou usam-na incorrectamente.
O estivador Tanda Alberto Ernesto lembra que a Administração Municipal de Mbanza Kongo tinha colocado, na entrada principal, um balde com água e sabão, mas que acabou por desaparecer, sem que tivesse sido substituído. “Há muita informação sobre o coronavírus. O número de casos positivos aumenta todos os dias, muitas pessoas estão a morrer, mas, mesmo assim, alguns insistem em desobedecer as regras de prevenção contra a Covid-19”, disse. Situação idêntica regista-se ainda na praça das “15 Casas”.
Graça Lubanzadio, 53 anos, vendedora de cosméticos e diversos produtos de higiene na praça das “15 Casas”, afirmou que para lavar as mãos tem comprado água em sacos plásticos, sublinhando que paga dez kwanzas por embalagem. Afirmou que a falta de recipientes com água e sabão para a lavagem das mãos tem a ver com a falta de organização no mercado.
O mercado, a céu aberto, é cercado por amontoados de lixo. “Esta praça não está organizada, porque está a céu aberto. Isto pressupõe que o vendedor ou comprador pode entrar no mercado em qualquer canto, porque não tem porta. Daí é difícil orientar as pessoas”, acrescentou.
O director municipal de Promoção do Desenvolvimento Económico Integrado de Mbanza Kongo, Manuel Matangu Futila, disse que a administração tem realizado campanhas de sensibilização, incluindo nos mercados, e tinha colocado baldes com água e sabão nestes espaços, mas carecem de substituição.
“Colocámos algum material de biossegurança nos mercados e temos trabalhado com os vendedores para observarem as medidas de prevenção, como o distanciamento físico, uso de máscaras e lavagem das mãos. Os vendedores precisam de um acompanhamento permanente para observarem, de facto, as medidas de protecção”, frisou.
Anunciou a realização, semanalmente, de campanhas de sensibilização junto dos vendedores para incentivar o cumprimento das medidas de prevenção ao vírus SARS-Cov2, que provoca a Covid-19. “Vamos fazer tudo para colocar mais baldes e sabão para lavagem das mãos nos mercados”, referiu.