O “polémico” empresário luso-angolano, Álvaro Sobrinho, “recebeu” das autoridades angolanas um passaporte diplomático que o ajudará a escapar da justiça portuguesa que o acusa de má gestão no caso BESA.
Depois falência do banco, Sobrinho entrou em conflito no o general Dino, na altura homem forte do antigo presidente José Eduardo dos Santos, o que o obrigou a fugir do país.
Prófugo da justiça portuguesa, o empresário tentou aportar o Ruanda, Nigéria e depois as Ilhas Maurícias, por sinal o único país que o acolheu “bem”.
No Ruanda, Álvaro Sobrinho não foi acolhido por falta de clareza da origem dos seus fundos e nas Maurícias, onde conseguiu estabelecer relações promíscuas com políticos, fez investimentos milionários.
No início de 2018, a Presidente das Maurícias, Ameenah Gurib-Fakim, demitiu-se após ter sido detectado que foi subornada por Sobrinho.
Álvaro Sobrinho regressou a Angola após a eleição de João Lourenço, que lhe deu protecção total que lhe permitiu afrontar os seus antigos sócios generais, Dino e Kopelipa.
Sobrinho é arguido da justiça portuguesa nos casos Banco Espírito Santo Angola e Banco Espírito Santo (Portugal), que terá seu início muito brevemente. Com o “presente” das autoridades angolanas, o empresário fica protegido e vai poder viajar a vontade para vários países, incluindo Portugal, mesmo que as autoridades portuguesas emitam um mandato de captura internacional.
Os passaportes diplomáticos já foram usados por sucessivos governos do MPLA para proteger foragidos da justiça internacional, como os traficantes de armas Pierre Falcone e Arcaid Gaidamak.